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Farc propõem pacto para procurar desaparecidos na Colômbia

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A guerrilha das Farc propôs neste domingo (30/8) ao governo da Colômbia selar um pacto para a busca de desaparecidos no conflito armado interno, ao encerrar um ciclo de negociações de paz em Havana.

Segundo o chefe de negociações das Farc, Iván Márquez, embora as cifras de casos de desaparecimentos forçados sejam díspares, todas falam de dezenas de milhares de vítimas e todas as fontes coincidem em que a Colômbia tem tido mais desaparecimentos forçados do que a soma dos desaparecidos nas ditaduras de Chile e Argentina.

Em meio século, o conflito armado colombiano deixou 50 mil desaparecidos. A ditadura argentina (1976-1983) terminou com 30 mil mortos e desaparecidos, e a chilena (1973-1990) com 3,2 mil.

Na Colômbia, as autoridades iniciaram há um mês a busca por restos mortais de desaparecidos em um lixão da cidade do norte de Medellín.

Márquez lançou esta proposta no encerramento de um ciclo de diálogos de paz, o 40º desde novembro de 2012, que esteve centrado em temas de justiça e violência de gênero e sexual como arma de guerra.

Ambas partes retomarão as negociações em 10 de setembro.

O governo e as Farc alcançaram em 12 julho um histórico acordo para acabar com o conflito, dando um impulso às negociações de paz, iniciadas em novembro de 2012, que estavam ameaçadas desde meados de abril pelo aumento  das hostilidades.

Desde 20 de julho vigora uma trégua unilateral da guerrilha e seis dias depois o governo de Juan Manuel Santos suspendeu os bombardeios contra redutos rebeldes.