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'NYT': No Egito, Kerry discute direitos humanos e luta contra o terror

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O secretário de Estado americano John Kerry disse a autoridades egípcias neste domingo (02/08) que elas não serão capazes de derrotar o terrorismo em seu país a não ser que mostrem maior respeito pelos direitos humanos, conforme matéria do jornal americano The New York Times

“O sucesso de nossa luta contra o terrorismo depende da construção de confiança entre as autoridades e o povo,” disse Kerry em uma coletiva de imprensa com seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry. “Se essa possibilidade não existe, então, lamentavelmente, mais pessoas desorientadas serão levadas à violência e haverá mais ataques.”

Mas com os Estados Unidos preocupados com militantes no Sinai e na Líbia que prometeram aliança ao Estado Islâmico, autoridades americanas também sinalizaram que eles não vão deixar que suas preocupações com direitos humanos evitem uma maior cooperação na área de segurança com o Egito.

Kerry disse que os Estados Unidos estão avançando no restabelecimento do “Bright Star,” o exercício militar em parceria que o presidente Obama suspendeu em agosto de 2013 depois que generais egípcios reprimiram apoiadores de Mohamed Morsi, o presidente que derrubaram do poder.

Ele disse que os dois lados também discutiram outras formas de os Estados Unidos poderem aumentar sua cooperação com as forças militares egípcias, inclusive expandindo o treinamento e ajudando os egípcios a policiarem sua fronteira com a Líbia.

Perguntado sobre a decisão do governo de proibir o partido Liberdade e Justiça da Fraternidade Islâmica, que foi quem ganhou mais votos em 2011 e 2012, Kerry buscou andar pela tangente.

“Se eu acho que há coisas que eles podem fazer mais adiante? Sim,” ele disse sem mencionar a Fraternidade Islâmica. “Conseguimos neutralizá-los? Sim.

“Mas precisamos fazê-lo enquanto simultaneamente lutamos contra a entidade perniciosa chamada Daesh,” disse Kerry, usando o acrônimo árabe para o Estado Islâmico.