ASSINE
search button

Netanyahu aprova expansão de colônias na Cisjordânia

Compartilhar

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou a construção "imediata" de 300 residências no assentamento de Beit El, na Cisjordânia. Além disso, o gabinete do premier autorizou o projeto de outras 400 moradias em diversas colônias judaicas nos arredores de Jerusalém.

A decisão chega no mesmo dia em que a Corte Suprema do país ordenou a demolição de dois condomínios levantados de maneira "abusiva" em terras privadas palestinas justamente em Beit El, desencadeando a ira da direita nacionalista.

"Vivemos em um Estado de Direito e devemos aceitar o veredicto da Corte Suprema e a sua amarga sentença", declarou a ministra da Justiça Ayelet Shaked, da legenda nacionalista Folclore Hebraico.

O anúncio da expansão das colônias representa mais um risco de aumento na tensão entre os dois povos. No último domingo (26), a polícia entrou em confronto com palestinos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, fazendo o grupo radical Hamas convocar um "dia de ira" contra Israel para a próxima sexta-feira (31).

Para piorar a situação, a ONG Anistia Internacional publicou nesta quarta (29) um relatório acusando as Forças Armadas do país de "crimes de guerra" durante os conflitos do ano passado na Faixa de Gaza.

No documento, a entidade reconstrói detalhadamente os ataques "infernais" realizados na cidade de Rafah entre 1º e 4 de agosto. Em sua visão, o município foi palco de uma "carnificina" após o sequestro de um oficial israelense, tendo como resultado 135 palestinos mortos, incluindo 75 menores de idade.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel respondeu as acusações e disse que a Anistia construiu uma "narrativa falsa" e "parece ter esquecido" do conflito que estava em curso.