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Merkel e Hollande mantêm 'portas abertas' para Grécia

No entanto, eles cobraram um plano 'sério e factível' de Tsipras

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Em um pronunciamento em Paris, o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, garantiram que continuam de portas abertas para negociar com a Grécia, mesmo após a vitória do "não" no referendo sobre austeridade do último domingo (5). 

No entanto, os dois cobraram do premier Alexis Tsipras um plano "sério e factível" para evitar uma eventual saída do país da zona do euro. "Esperamos propostas precisas por parte do primeiro-ministro grego", declarou Merkel. Segundo ela, a Europa já deu grandes provas de solidariedade a Atenas, mas agora é "urgente" agir para sair da situação atual. 

A chanceler também ressaltou que o resultado da consulta popular é "democrático e soberano". "Agora é preciso conviver com essa decisão", acrescentou. Na votação, 61,3% dos eleitores disseram que o governo não deveria aceitar as últimas exigências de seus credores para ter acesso a um pacote de resgate de mais de 7 bilhões de euros, dinheiro que seria usado para tirar a Grécia da situação de default em que se encontra. 

A expectativa de Tsipras é que, com um contundente "não" da população às políticas de austeridade da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), ele tenha mais força para negociar um acordo que exija menos sacrifícios da nação. 

"A porta está aberta às tratativas. Temos consciência do resultado e respeitamos o voto dos gregos porque a Europa é a democracia", declarou Hollande. Contudo, o presidente francês ressaltou que é preciso resolver o impasse o mais rápido possível. "Não há mais tempo, é uma questão de dignidade." 

Nesta terça-feira (7), os chefes de Estado e governo da zona do euro farão uma reunião extraordinária para discutir a situação da Grécia. Outro encontro será realizado no mesmo dia pelo Eurogrupo, fórum dos ministros de Finanças dos países que adotam a moeda comum. (ANSA)