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Referendo mostra que democracia não pode ser chantageada, diz Tsipras

População da Grécia vota 'não' e governo quer retomar negociações com credores nesta segunda

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Os gregos disseram um "não" às políticas de austeridade da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nas urnas, neste domingo (5/7). O resultado do referendo significa rejeitar as condições dos credores do país em troca de ajuda financeira, o que também pode resultar na saída da Grécia da zona do Euro. Por volta das 21 horas, mais de 96% das urnas já tinham sido apuradas e o "não" tinha 62% dos votos.

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As medidas exigidas pelos credores europeus incluíam aumento de impostos e cortes nas aposentadorias. A imprensa internacional informou que o plebiscito correu sem incidentes e estimaram que 65% dos eleitores compareceram às urnas. 

“Quero agradecer a todos, independentemente de como votaram. Os gregos fizeram uma escolha corajosa que vai mudar o debate na Europa”, disse o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, no seu discurso transmitido pela televisão. Ele ressaltou ainda que o referendo mostrou que a democracia não pode ser chantageada e negou que a provável vitória do Não signifique uma ruptura com a Europa. "O mandato que vocês me deram não pede uma ruptura com a Europa, mas me dá mais força para negociar", disse.

Segundo o primeiro-ministro, o governo quer priorizar novas negociações e restabelecer o sistema bancário. Tsipras anunciou que vai pedir uma reunião com líderes políticos já nesta segunda-feira (6/7), para tentar chegar a um acordo com os credores europeus. As agências bancárias gregas estão fechadas há uma semana, em função da falta de liquidez, o que vem aumento a sua instabilidade econômica do país.