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Após vazar espionagem, Assange pede asilo à França

WikiLeaks divulgou que NSA grampeou presidentes franceses

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Em uma carta publicada nesta sexta-feira (3) pelo jornal "Le Monde", o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, fez um apelo para que o presidente da França, François Hollande, lhe conceda asilo. "A minha vida está em perigo", escreveu Assange, que está há três anos refugiado na embaixada do Equador em Londres.

Caso deixe a sede diplomática, o australiano corre o risco de ser extraditado à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. No entanto, Assange afirma que a Suécia é apenas uma ponte que poderia levá-lo à Justiça dos Estados Unidos, a qual acusa o fundador do WiliLeaks de vazar segredos de Estado que podem o condenar à prisão perpétua. O Palácio do Eliseu emitiu um comunicado negando o pedido de Assange e afirmando que "a situação do australiano não apresenta perigoso imediatos". "A França efetivamente recebeu a carta de Assange. De um exame aprofundado dos elementos jurídicos e da situação material de Assange, a França não pode dar seguimento ao pedido", ressaltou a nota. Na semana passada, o WikiLeaks divulgou que a Agência de Segurança Nacional (NSA) grampeou telefones do atual e dos ex-presidentes franceses François Hollande, Nicolas Sarkozy e Jacques Chirac. A espionagem teria ocorrido entre os anos de 2006 e 2012.

    De acordo com o WikiLeaks, ministros e outros funcionários de alto escalão do governo francês também tiveram suas conversas telefônicas interceptadas por mais de seis anos.

    Logo após as revelações, Hollande convocou uma reunião do conselho de Defesa da França, já que os EUA são considerados um dos principais parceiros do país. (ANSA)