ASSINE
search button

Símbolo contra pena de morte nos EUA comete suicídio

Compartilhar

Símbolo da pena de morte nos EUA, a norte-americana Paula Cooper morreu na manhã desta terça-feira (25), aos 45 anos de idade. Segundo a polícia, ela foi encontrada em uma residência no noroeste do estado de Indiana, com uma ferida de tiro no peito. Aparentemente, ela cometeu suicídio.

Paula tinha 15 anos quando assassinou uma mulher que ensinava a Bíblia, Ruth Pelke. No ano seguinte, foi condenada à morte na cadeira elétrica. O caso gerou comoção internacional e chamou a atenção para a lei de Indiana, que tinha estabelecido a idade mínima da pena de morte para 10 anos.

Na época, a Itália se mobilizou contra a condenação de Paula, dando origem ao movimento "Não matar". O Papa João Paulo II fez um apelo de clemência e dois milhões de assinaturas foram reunidas em uma petição e enviadas à ONU em nome da jovem.    

Esse foi o primeiro passo de uma batalha internacional que resultou posteriormente no voto da Assembleia Geral pela moratória da execução de Paula, em 2007. Após três anos no corredor da morte, a sentença da norte-americana foi reduzida para 60 anos de reclusão e, mais tarde, para 27, por bom comportamento na prisão, onde conquistou um diploma de bacharelado. Ela foi solta em 17 de junho de 2013 após passar 28 anos atrás das grades.