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Governo italiano estuda mudanças em reforma educacional

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Após os grandes protestos da última terça-feira contra seu projeto de reforma educacional, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e sua legenda, o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), estão avaliando fazer alterações na iniciativa para agradar professores e estudantes.    

Nesta quarta (6), o premier comandou uma reunião com deputados e senadores da sigla e a ministra da Educação Stefania Giannini para debater possíveis mudanças no projeto, que está em discussão na Comissão de Cultura da Câmara.    

O principal ponto onde o governo estaria disposto a mostrar abertura é na norma que dá poderes para os diretores de escolas públicas contratarem seus professores. Segundo fontes parlamentares, uma nova regra pode estabelecer que os docentes se candidatem a uma vaga e os dirigentes escolares façam entrevistas para selecioná-los e depois expliquem as razões de suas opções.    

"Estamos trabalhando, melhorando e integrando o texto. Não há nenhuma mudança substancial", declarou Giannini. Nesta quinta-feira (7), uma delegação do PD deve se reunir com sindicatos e associações de professores e estudantes para negociar as alterações.    

Estima-se que os protestos da última terça tenham reunido aproximadamente 500 mil pessoas em várias cidades da Itália. Entre os muitos pontos controversos da reforma proposta por Renzi, os manifestantes criticavam a concessão de "super poderes" aos diretores dos colégios, a permissão de financiamentos privados a escolas públicas e a falta de atenção a funcionários administrativos no projeto.