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Charlie Hebdo vence prêmio PEN de liberdade de expressão

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Com um forte esquema de segurança, o jornal satírico francês "Charlie Hebdo" ganhou ontem (5) o prêmio PEN de liberdade de expressão, em uma cerimônia em Nova York, nos Estados Unidos.

O editor-chefe Gérard Biard e o crítico ensaísta Jean-Baptiste Thoret receberma o prêmio e foram ovacionados de pé, apesar de controvérsias e críticas sobre a publicação ser merecedora ou não da estatueta. Diversos editores cancelaram a participação no evento por acreditarem que o "Charlie Hebdo" ofende os muçulmanos.

O evento ocorreu no Museu de História Nacional a apenas três dias de um ataque no Texas contra uma mostra de charges do profeta Maomé.

Em janeiro, o "Charlie Hebdo" foi alvo de um ataque que provocou um massacre de 12 pessoas. Dois homens armados, os irmãos Said e Chérif Kouachi, invadiram a sede do jornal alegando que a publicação violava as leis do Islã ao fazer sátiras com Maomé.

"O Charlie não é o Texas. Não criticamos uma religião em particular", disse Thoret à ANSA.

"O medo é a arma mais potente que pode existir. Estarmos aqui hoje é a melhor maneira de desarmarmos [os extremistas]", afirmou, por sua vez, Biard.