Em um encontro com empreendedores realizado nesta segunda-feira (4) na Bolsa de Valores de Milão, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, declarou que é preciso acabar com o "capitalismo de compadrio" - ou seja, quando o sucesso das empresas depende das suas relações com o governo - e dar mais transparência ao sistema econômico no país.
"Na Itália, o capitalismo de compadrio produziu alguns efeitos decisivamente negativos. É o momento de colocar a palavra 'fim' a um sistema baseado mais nas relações do que na transparência e no relacionamento com o mundo que está fora e pede mais dinamismo", disse o premier.
Participaram do evento os principais banqueiros italianos e executivos de diversas companhias cotadas na Bolsa de Milão, incluindo o presidente da Telecom Italia (dona da TIM Brasil), Giuseppe Recchi.
"Este país tem um problema de classe dirigente, não apenas de política. Estamos fazendo nossa parte, mas não depende apenas de nós. O sistema do capitalismo de compadrio deve morrer, e se isso não acontecer, quem morre é a Itália", acrescentou Renzi.
Segundo o primeiro-ministro, não é mais possível seguir um modelo onde imprensa, bancos, entidades e partidos políticos pensam caminhar juntos, discutindo apenas entre si. Além disso, ele pediu para os empreendedores presentes no encontro "abrirem" suas empresas. (ANSA)