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'Sunday Express': Putin assina pacto com Argentina sobre Ilhas Malvinas

Jornal britânico diz que acordo de Kirchner com um ‘sorridente Putin’ pode trazer crise diplomática

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O jornal britânico Sunday Express publicou neste domingo um artigo de Tom Batchelor sobre um acordo em torno das Ilhas Malvinas que pode gerar tensão. A presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, em uma visita de dois dias a Moscou, agradeceu a Vladimir Putin por seu ‘apoio’ na questão.

O Reino Unido e a Argentina têm se envolvido em uma disputa áspera sobre as Falklands (Malvinas), território britânico na região sudoeste do Oceano Atlântico, a respeito de quem deveria exercer controle sobre elas elas. 

Ela afirmou: “Nós agradecemos a Rússia pelo apoio que tem nos dado historicamente na questão das Malvinas, em fazer com que as resoluções das Nações Unidas sejam observadas assim o Reino Unido resolve sentar-se na mesa para dialogar."

Por sua vez, Putin acrescentou: “A Rússia apóia o esforço da Argentina para ter conversas diretas com a Grã-Bretanha e conseguir chegar a uma resolução sobre as disputas das Ilhas Malvinas.”

Em um desafio direto ao Reino Unido e à estabilidade na região, o presidente russo também anunciou que os dois países vão aumentar “a colaboração militar”.

Depois de longas conversas, os dois líderes assinaram um total de vinte novos acordos, incluindo um sobre defesa.

“O novo acordo sobre colaboração militar e proteção de dados vai permitir o aumento considerável de cooperação prática nesse campo”, disse Putin.

A postura pode gerar um risco de que a guerra de palavras entre Londres e Buenos Aires se torne um conflito completo, na medida em que as tensões aumentam.  

O governo britânico se mantém firme em sua defesa dos 3.000 moradores da ilha, que dão apoio esmagador à continuação do governo britânico, de acordo com um referendo recente.

De 1.517 votos registrados em março de 2013, 1.513 foram a favor, enquanto apenas três votos se mostraram contra.

O secretário de Defesa Michael Fallon disse no mês passado que proteger os moradores da ilha “se mantém como a mais importante responsabilidade do governo e do Ministério da Defesa”.

Em uma declaração no dia 24 de março, ele acrescentou: “Vamos continuar defendendo o direito dos moradores das ilhas Falkland a determinar seu futuro e manter seu estilo de vida contra quaisquer ameaças que podem surgir.”

"No dia 2 de abril de 1982, a Argentina invadiu as ilhas, com a ditadura militar do país reivindicando a posse do território. No final da guerra que durou dez semanas, 655 militares argentinos e 255 britânicos perderam suas vidas, além de três moradores das ilhas", conclui o artigo do Sunday Express.