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Vídeo de acidente da Germanwings gera controvérsias

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O promotor do Ministério Público de Marselha, Brice Robin, negou nesta quarta-feira (1) que exista um vídeo do acidente com o Airbus A320 da companhia aérea alemã Germanwings, que caiu nos alpes franceses na semana passada.   

Ontem, os jornais "Bild" e "Paris Match" divulgaram que tiveram acesso a um vídeo gravado por uma pessoa a bordo que mostrava os últimos minutos do avião antes do acidente. "No estado atual das investigações, não existem vídeos do acidente", disse o procurador. "Na hipótese de que alguém possua um vídeo desse gênero, é um dever entregá-lo às autoridades para análise", completou. De acordo com a "Paris Match", a gravação foi recuperada nos escombros por alguém próximo às investigações do desastre.    

Segundo a revista, que decidiu não publicar as imagens, a procedência é verdadeira e não "dá margem às dúvidas". O vídeo apresenta uma cena "caótica", onde não é possível distinguir ninguém, a não ser os gritos dos passageiros. De acordo com a "Paris Match", é possível ouvir as pessoas falando "meu Deus" em vários idiomas, o que indica que elas teriam percebido o que se passava na cabine de comando. "Estou convencido de que o vídeo é verdadeiro. Nós investigamos e fizemos testes. Estamos confiantes na nossa fonte, que é próxima da equipe de investigadores", disse o vice-diretor da revista francesa, Regis Le Sommier.   

"Não há dúvida de que o que vimos foram os últimos segundos do Airbus da Germanwings. As imagens estão em movimento, mas o áudio não deixa dúvidas de que os passageiros sabiam o que estava acontecendo", informou.    

O vice-diretor também destacou que a fonte resolveu divulgar o vídeo para "provar a existência do material, que interessa a várias pessoas, inclusive aos familiares das vítimas". Por sua vez, o jornal alemão "Bild" também disse estar certo de que o vídeo é autêntico. "É caótico, as imagens tremem", informou o site da publicação. O Airbus A320 da Germanwings ia de Barcelona, na Espanha, a Düsseldorf, na Alemanha, com 150 pessoas a bordo. As autoridades acreditam que o copiloto da aeronave, Andreas Lubitz, teria derrubado o avião de propósito, após o piloto sair por uns instantes da cabine.