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Prefeito de Ischia, na Itália, é preso por corrupção

Além dele, outras nove pessoas foram detidas pelo crime

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O prefeito de Ischia, Giuseppe 'Giosi' Ferrandino, do Partido Democrático (PD), e mais nove pessoas foram presas nesta segunda-feira (30) por corrupção. Segundo as investigações da Procuradoria de Nápoles, houve pagamento de propina na construção de dutos para o fornecimento de gás para diversos bairros da ilha - quando a empresa CPL Concordia - uma das maiores empresas italianas de gás e energia - assumiu a obra. Ferrandino teria recebido 330 mil euros pela construção.

    O grupo está sendo acusado, além da corrupção (também internacional), por lavagem de dinheiro, já que foi comprovada a emissão de notas fiscais para operações inexistentes.

    Em interceptações telefônicas, Francesco Simone, um dos diretores da CPL que foram detidos, pede ainda um "investimento na empresa italiana" já que o ex-primeiro-ministro Massimo D'Alema "está próximo de conseguir uma vaga como comissário europeu". D'Alema não é investigado pela Procuradoria, que não encontrou provas do envolvimento dele no caso.

    De acordo com a investigação, os diretores da CPL Concordia criaram "um modelo organizacional inspirado na corrupção que os levaram a fechar acordos não só com o prefeito, mas com empresários locais, funcionários públicos e com expoentes da criminalidade organizada".

    Há um mês, outro processo contra o ex-presidente da companhia Roberto Casari foi aberto por associação com organização mafiosa na construção dos dutos entre os anos de 1999 e 2003. Os documentos recolhidos pela Procuradoria mostram que, além de corromper autoridades para conseguir os contratos, as obras realizadas pela CPL Concordia podem levar risco à população.

    Segundo dados obtidos em junho de 2014, a empresa enterrou os tubos a apenas 30 centímetros de profundidade - ao invés dos 60 centímetros exigidos pela legislação do país. (ANSA)