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Irã afirma que não mandará urânio para a Rússia

País afirma que não prevê enriquecer elemento

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O Irã garantiu nesta segunda-feira (30) que não irá enviar urânio enriquecido para a Rússia. A afirmação ocorre um dia antes do prazo final para um acordo nuclear entre os iranianos e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha).

    "A exportação de lotes de urânio enriquecido não está no nosso programa e não pretendemos enviá-lo ao exterior", declarou Abbas Araghchi, um dos políticos iranianos que negociam o texto do documento. O discurso de Araghchi foi uma resposta a uma matéria do jornal "The New York Times" que afirmava que essa medida era um dos pontos mais críticos das negociações entre as nações. Segundo fontes ouvidas pela publicação, o Irã estava hesitando em fechar o pacto por causa das várias maneiras que o país gostaria de tratar o material. Os iranianos querem usar uma forma mais diluída do urânio que faz com que seja "quase impossível" utilizar o elemento para construir uma arma nuclear. E, de acordo com o "NYT", a manutenção do produto no país é um dos pontos negativos - para os ocidentais - no acordo.

    Na reunião desta segunda-feira (30), os membros não chegaram a nenhuma conclusão conjunta e evitaram dar declarações aos jornalistas. Só o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, falou sobre o encontro para a agência de notícias Tass.

    "Foi uma sessão extremamente intensa e bastante profunda entre as seis potências e o Irã. O ponto principal, que gera otimismo, é a determinação de todos os ministros de atingir os resultados propostos dentro da sessão atual", destacou Ryabkov.

    - Netanyahu volta a criticar acordo: O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a criticar a tentativa de um acordo com os iranianos e disse que "Israel não fechará seus olhos e continuará a agir contra qualquer ameaça". De acordo com o premier, o fechamento de um texto de compromisso com o Irã "manda uma mensagem de que não há preço a pagar por suas agressões, ao contrário, o Irã ganha um prêmio por isso". (ANSA)