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Dois dos '33 mineiros chilenos' desaparecem após chuvas

Mau tempo deixou 17 mortos e 20 desaparecidos no país

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Dois dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos em uma mina em San José em 2010 estão na lista de pessoas desaparecidas em decorrência das fortes chuvas que atingem o norte do país, especialmente a região do Atacama.

    O mineiro Luis Urzua disse, em entrevista à imprensa local, que não se tem notícias de Ariel Ticona e Esteban Rojas, ambos moradores de Paipote.

    "Estamos tentando entrar em contato com eles, mas não conseguimos. Quem sabe estão com o celular descarregado", disse, como publicou o jornal local "La Tercera". Muitas regiões do país sofrem com a falta de luz, além de outras necessidades básicas, como alimentos e água potável.

    Ele ainda explicou que o local onde os mineiros moram é uma das regiões mais afetadas pelas chuvas. "Tentamos ir ajudá-los neste sábado, mas foi impossível chegar, pois o caminho estava cheio de barro".

    Chuvas - De acordo com dados divulgados pela Secretaria Nacional de Emergência do Chile (Onemi, na sigla em espanhol) hoje, dia 30, 17 pessoas morreram, 20 estão desaparecidas, cerca de 5,5 mil ficaram desabrigadas e aproximadamente 14 mil construções foram danificadas em meio à onda de mau tempo.

    A presidente Michelle Bachelet, que classificou o desastre como "desolador", está se reunindo com ministros e outras autoridades para coordenar medidas de ajuda aos moradores da região.

    Histórico - A mina San José, localizada no deserto do Atacama, desmoronou em 2010, deixando os 33 mineiros presos por 69 dias a mais de 700 metros de profundidade. O resgate chamou atenção de todo o mundo, que acompanhou os desdobramentos da história. Os mineiros viraram heróis nacionais. (ANSA)