O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou nesta sexta-feira (27) que está "aberto ao diálogo" com os Estados Unidos e que isso seria "positivo" para o país. A afirmação foi feita em uma entrevista ao programa "60 Minutos", da emissora norte-americana "CBS".
"Estamos abertos ao diálogo com qualquer um, incluindo os EUA, tendo como base o respeito mútuo", destacou Assad ressaltando que ele não pode aceitar "pressões sobre sua soberania" à frente da nação.
Porém, o mandatário destacou que, até o momento, o governo norte-americano não entrou em contato com ele. Segundo Assad, "houve somente uma declaração, nada de concreto, nenhum fato, nada novo no que toca a uma aproximação política dos EUA sobre nossa situação, em nossos problemas e conflitos".
Durante a reportagem, o presidente sírio se defendeu sobre as acusações de que está fazendo ataques com gás cloro contra a população. De acordo com ele, isso é uma "propaganda contra a Síria". "O gás cloro não é um gás militar e qualquer um pode comprar. As armas tradicionais são mais importantes que o cloro e, se isso fosse tão eficaz contra os terroristas, teríamos usado-o em larga escala", finalizou. A Síria está no meio de uma guerra civil e enfrenta a presença do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) em grande parte de seu território. A comunidade internacional acusa o regime de Assad de aproveitar o momento para atacar cidadãos comuns e grupos políticos rivais.