O papa Francisco fez uma crítica nesta quinta-feira (5) aos países que lucram com o sistema público e privado de saúde, ao participar de uma audiência na Pontifícia Academia para a Vida.
De acordo com Jorge Mario Bergoglio, um "Estado não pode pensar em lucrar com a medicina". Ele também destacou que "evidência e eficiência não podem ser os únicos critérios na postura dos médicos, nem as únicas regras do sistema de saúde".
O Papa participou de uma audiência na Academia, iniciada hoje e que debaterá, até sábado, a questão da "Assistência aos Idosos e Curas Paliativas". Em seu discurso, Francisco também encorajou os médicos e profissionais de saúde a se dedicarem à especialidade geriátrica, a qual não pode ser discriminada pelo fato de "não salvar vidas".
Nesse sentido, o Papa voltou a rejeitar ideias de eutanásia, ressaltando que é preciso encontrar maneiras e tratamentos aos que estão em fase terminal e que "poderiam ser deixados para morrer".
"Os tratamentos paliativos foram alo precioso aos pacientes oncológicos, mas, hoje em dia, existem várias outras doenças, principalmente ligadas à idade avançada. Aprecio o empenho científico e cultural para assegurar que os tratamentos paliativos possam ser oferecidos a todos que precisam", disse o Pontífice. "O abandono é a doença mais grave do idoso", afirmou o Papa.
Ontem, na audiência geral na Praça São Pedro, o Papa afirmou que uma sociedade que descarta os mais velhos carrega o "vírus da morte".