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Itália é alvo potencial do EI, afirma serviço secreto

Relatório do DIS mostra que há um 'crescente risco de ataque'

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Um relatório do Departamento de Informações para a Segurança (DIS, na sigla em italiano) mostrou que a Itália é um "alvo potencial" do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Apresentado no Parlamento nesta sexta-feira (27), o documento diz que o país corre riscos também "por seu valor simbólico como epicentro do cristianismo".    

O serviço secreto italiano avalia que há um "risco crescente de ataques de vários tipos" tanto na Itália como em toda a Europa e ressalta que mulheres dos jihadistas também podem ser as responsáveis pelos atentados. "Aparece sempre mais concreto" o risco de que na internet "existem verdadeiros centros de recrutamento de aspirantes de jihadistas" de maneira que, a insatisfação gerada em seus territórios, faça com que eles queiram sair da frente dos computadores para a guerra na Síria e no Iraque, destacou o relatório lido pelos parlamentares.    

No monitoramento da internet, os especialistas do DIS "registraram uma tendência", sobretudo dos mais jovens, de "privilegiar as redes sociais, através das quais os combatentes estrangeiros, para incitar os seus compatriotas, alimentam informações paralelas aos canais "oficiais" dos grupos armados".    

Segundo a Inteligência, há cada vez mais documentos traduzidos para o italiano e a quantidade de europeus que se unem ao grupo por culpa da "sofisticada propaganda" online só aumenta. O DIS estima que três mil pessoas partiram da Europa para o Califado e que, cerca de 500, pertencem aos países dos Bálcãs.    

O órgão ainda destaca que há uma "cyber-jihad" entre os grupos EI e Anonymous. De acordo com o relatório, os jihadistas criaram um site criptografado chamado de Asnar al Ghrabaa Project para conseguir recrutar jovens sem serem identificados. O DIS acredita que a briga entre os dois ainda terá mais capítulos que podem afetar a segurança dos principais sites tanto dos países europeus como dos Estados Unidos.    

Os extremistas do EI informaram que a Itália está na "lista negra" e está fazendo uma maciça campanha online contra o país.    

As ameaças começaram após o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, dizer que as Nações Unidas (ONU) precisavam agir para interromper o avanço do grupo terrorista na Líbia.