O juiz argentino Daniel Rafecas rejeitou nesta quinta-feira, dia 26, a denúncia apresentada pelo promotor Alberto Nisman, antes de morrer, contra a presidente Cristina Kirchner. Nisman defendia que a mandatária teria acobertado suspeitos iranianos de planejar o atentado contra a Associação Mutual Israelita da Argentina (Amia), que deixou 85 mortos e 300 feridos em 1994.
Rafecas considerou que não existem elementos suficientes para ser aberta uma investigação sobre o caso, informou a imprensa local.
Nisman era o principal condutor de uma investigação sobre o atentado contra a Amia. Antes de morrer, em circunstâncias ainda não esclarecidas, ele havia acusado Cristina de "decidir, negociar e organizar um plano de impunidade e acobertar os foragidos iranianos acusados pela explosão, com o objetivo de fabricar a inocência do Irã".
De acordo com o magistrado, a manobra teve início cerca de dois anos antes da assinatura do Memorando de Entendimento com Teerã, em 2013, e contou a participação de outros políticos, assim como do chanceler Hector Timerman. Nisman disse que as instruções partiram da própria presidente e que os motivos eram comerciais, como intercâmbio de petróleo e grãos.