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Em terceira votação, Congresso não elege presidente italiano

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Na terceira tentativa do Parlamento italiano de eleger um novo presidente da República, nenhum dos candidatos atingiu o quórum mínimo de 673 votos (de um total de 1.009) para ser escolhido. Assim como nas duas votações anteriores, realizadas na tarde de quinta (29) e na manhã desta sexta-feira (30), a maioria das cédulas ficou em branco (513). O nome mais votado foi o do jurista Ferdinando Imposimato, apoiado pelo oposicionista Movimento 5 Estrelas (M5S), com 126.    

Em seguida, apareceram Vittorio Feltri (56), Luciana Castellina (33), Emma Bonino (23) e Stefano Rodotà (22). Além disso, 27 votos foram anulados. O juiz da Corte Constitucional Sergio Mattarella, indicação do governista Partido Democrático (PD), recebeu apenas cinco votos.    

No entanto, o primeiro-ministro da legenda, Matteo Renzi, já havia orientado a sigla a votar em branco nos três primeiros escrutínios, quando o quórum para eleger o presidente é maior. A partir do quarto, a quantidade necessária passa a ser de 505.    

Apenas o PD detém 445 votos, precisando de somente 59 das outras legendas para dar a vitória ao seu candidato.    

O colégio eleitoral que escolhe o chefe de Estado é formado por 1.009 grandes eleitores: 630 deputados, 315 senadores, seis senadores vitalícios e 58 delegados regionais (três para cada região e um para o Vale d'Aosta).    

A expectativa é que Sergio Mattarella, de 74 anos, seja eleito neste sábado (31), em votação que deve começar às 9h30 (horário local). Ligado ao Partido Democrático, o juiz já foi ministro para as Relações com o Parlamento (1987-1989), da Educação (1989-1990) e da Defesa (1999-2001). Em 2011, foi nomeado para integrar a Corte Constitucional da Itália.    

A opção por Mattarella foi uma forma encontrada por Renzi de "compactar" a centro-esquerda, embora possa custar o apoio do conservador Forza Italia (FI), de Silvio Berlusconi, a algumas de suas reformas.