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Polícia mata irmãos que realizaram atentado em Paris, diz imprensa

Sequestrador que fazia reféns em mercado de Paris também teria sido morto

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A imprensa francesa anunciou na tarde desta sexta-feira que a polícia invadiu a fábrica onde estavam os dois suspeitos do atentado contra o jornal "Charlie Hebdo", os irmãos Said e Cherif Kouachi. Eles teriam morrido durante a invasão, na cidade de Dammartin-en-Goele. Antes, foram ouvidas fortes explosões e disparos de armas. Helicópteros pousaram no teto do edifício. As primeiras informações indicam que o refém que estava em poder dos terroristas foi libertado. A fábrica fica nas proximidades do aeroporto Charles de Gaulle, o mais importante do país.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, confirmou a morte dos dois irmãos suspeitos do atentado terrorista contra a revista Charlie Hebdo. 

Crianças das escolas próximas foram bloqueadas dentro dos colégios e a polícia pede que seus pais não saiam de casa para buscá-las, a fim de evitar novos acidentes.

Em outra ação quase simultânea, a polícia também matou um sequestrador que tinha feito reféns em um mercado de Paris. Segundo a imprensa, a polícia teria confirmado que quatro reféns também morreram. Três policiais ficaram feridos. 

Emissoras de TV locais afirmaram mais cedo que Hayat Boumeddiene e Amedy Coulibaly mantinham cinco reféns no supermercado Hyper Cacher, entre eles, mulheres e crianças. A suspeita Hayat Boumeddiene, namorada do atirador, está desaparecida.

Segundo a imprensa francesa, Coulibaly conhecia um dos suspeitos do atentado contra a revista Charlie Hebdo. Ele foi visto com o suspeito do ataque contra a revista satírica Cherif Kouachi em 2010 durante a investigação sobre a tentativa de fuga de uma prisão na França. Ele foi condenado por seu papel e é bem conhecido da polícia antiterrorista.

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Histórico    

Dois homens encapuzados entraram na redação do jornal satírico "Charie Hebdo" na última quarta-feira, dia 7, abrindo fogo contra a equipe. Doze pessoas foram mortas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas do país; oito pessoas ficaram feridas, sendo que quatro seguem em estado grave no hospital.    

Há três dias, a Polícia francesa perseguia os foragidos. Cerca de 88 mil homens foram mobilizados para capturar os suspeitos, informou o Ministério do Interior.    

O mais jovem dos três envolvidos no atentado se entregou à Polícia na madrugada desta quinta-feira, após uma operação na região de Reims. Hamyd Mourad tem 18 anos e os investigadores suspeitam que ele dirigiu os carros usados na fuga.