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Itália expulsará turco que atacou João Paulo II

Ali Agca é também acusado por um sequestro em 1983

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Um juiz de paz liberou nesta segunda-feira (29) a expulsão do ex-terrorista turco Ali Agca, que no último sábado (27) foi visitar e levar flores ao túmulo do papa João Paulo II. Segundo fontes policiais, ele poderá deixar o país ainda nesta noite.    

Agca foi o responsável pelo ataque ao então Pontífice em 13 de maio 1981, quando acertou um tiro em Karol Wojtyla durante a tradicional audiência geral do Vaticano. Ele pertencia a um grupo de extremistas muçulmanos chamado de "Lobos Cinzas" e causou graves ferimentos em Wojtyla.    

Em 2000, o turco foi preso em flagrante e foi extraditado da Itália para a Turquia, onde ficou encarcerado por vários anos por outros crimes cometidos no país, sendo libertado em 18 de janeiro de 2010. Porém, no último sábado ele voltou para a Itália para visitar o túmulo de João Paulo II e foi reconhecido por um policial que fazia ronda na região. Quando o militar checou seus documentos, viu que eles não estavam regularizados e foi aberto um procedimento de expulsão do país. Um trio de advogados tentou barrar a expulsão de Agca para que ele fosse preso na Itália e prestasse depoimento sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi, cidadã vaticana que sumiu em 1983. O irmão dela, Pietro, disse que o turco tem informações sobre o paradeiro de Emanuela.    

"Em particular, nós pedimos que fossem aprofundadas as declarações de Marco Fassoni Accetti que citavam Agca por várias vezes", disse Pietro. Accetti afirmou ter sequestrado a menina e fez com que os policiais encontrassem em sua casa uma flauta idêntica a tocada por ela. Porém, o instrumento musical não revelou DNA de Emanuela. Em uma recente entrevista, Agca afirmou que a menina raptada continuava viva, mas não informou seu paradeiro.