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Estados Unidos voltam a elogiar atuação de Cuba diante do ebola

País enviou emissário para participar de conferência sobre a doença em Havana

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Os Estados Unidos consideram "a resposta de Cuba" diante da atual epidemia de ebola "propícia, necessária para o mundo e muito bem-vinda", disse o enviado norte-americano a uma conferência sobre a doença em Havana, Nelson Arboleda. "O trabalho em equipe, a rápida identificação do vírus e contar com profissionais de saúde capacitados é uma estratégia eficaz para superar a epidemia", acrescentou o diretor regional do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, como publicou o jornal oficial local Granma.    

O governo de Cuba tem sido amplamente elogiado pela comunidade internacional por suas ações diante da epidemia, que já contagiou mais de 13 mil pessoas e matou quase 5 mil. O país, além de enviar médicos à África, convocou uma reunião extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba) para debater o tema, e anunciou uma cooperação com os Estados Unidos contra o ebola. 

A conferência de dois dias convocada pela Alba, o agrupamento regional liderado pela Venezuela, termina nesta quinta-feira (30). Participam do evento 250 representantes de 32 países, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre outros organismos regionais.    

A atuação de Cuba ainda promoveu uma parceira com os Estados Unidos, país com o qual não mantém relações. No último dia 18, o ex-presidente cubano Fidel Castro disse que, "com prazer", os "cubanos vão cooperar" com os Estados Unidos no âmbito da luta mundial contra a epidemia de ebola. Em um artigo intitulado "A Hora do Dever", ele explicou que "temos o prazer de colaborar com a equipe norte-americana nesta tarefa e não em busca da paz entre os dois Estados que foram adversários por tantos anos, mas sim pela Paz no mundo, uma meta que pode e devem ser buscada".    

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, chegou a dizer que "Cuba, um país com apenas 11 milhões de pessoas, já enviou mais de 165 profissionais de saúde e planeja enviar quase 300 mais". Um elogio inesperado feito a diplomatas estrangeiros em Washington. Kerry disse, dias depois, que "nenhum país, nem grupo de nações irão resolver este problema de forma isolada. Isso requer uma resposta coletiva global. Vamos colocar todas as mãos à obra".