Uma reportagem do El País lamenta a atitude do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que comparou o candidato a presidência, Aécio Neves, aos nazistas.
"Dentro e fora do Brasil, a memória de Lula é mantida como o presidente que acabou com a pobreza no país e mostrou através de suas viagens ao redor do mundo a imagem de um Brasil pacífico no desenvolvimento, pleno pluralismo econômico e social e religiosa, sem demônios do separatismo regional e ódio.Brasileiros não foram capazes de ouvir sem espanto, e até mesmo dor, Lula qualifica nazista o candidato da oposição", disse o jornalista Juan Ária.
Lula disse que Aécio e equipe estavam atacando a candidata Dilma Rousseff "como fizeram os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial" Além disso, espanando a Bíblia, disse que o PSDB é "intolerante Herodes, que matou Jesus por medo de que veio a ser o que era".
O jornalista diz que existe grande nervosismo nessas eleições e muita desqualificação entre os candidatos. Ele comenta ainda que as eleições está polarizada ao ponto de destruir amizades nas redes sociais e criar problemas familiares.
"Num mundo onde os valores democráticos são postos a prova; onde o ódio cresce dentro da nação; onde surgem partidos intolerantes de direita, o Brasil tem a sorte de contar com essa disputa eleitoral em andamento entre dois candidatos respeitáveis, com biografias limpas, impecáveis em seus princípios democráticos", diz o artigo completando que o PT e o PSDB, juntos, modernizaram o país.
Seus programas econômicos e sociais tornam-se tão semelhantes que muitos analistas e líderes políticos, mesmo de ambas as bandas têm sido perguntando por que eles não poderiam governar juntos, completa.
O Brasil não disputa entre ditadura e democracia, entre o fascismo e a liberdade das instituições, continua ele. Aqui não há nem mesmo os partidos de direita e extrema-direita. "Brasil é um país com uma vocação para a paz, sem demônios do separatismo regional e ódio", finaliza o artigo dizendo que "os marqueteiros ou conselheiros que se arrastam Lula para qualificar um candidato de nazista está envenenando o país", completa.