O jornalista Ben Bradlee, que dirigiu o jornal Washington Post por 26 anos, morreu nesta terça-feira (21), aos 93 anos. Ele comandava o jornal durante a divulgação do caso Watergate, responsável pela renúncia do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA), Richard Nixon. A morte do jornalista foi divulgada pelo próprio jornal, em sua versão online.
Bradlee, que sofria do mal de Alzheimer e demência senil, morreu de causas naturais, em sua casa, na capital dos EUA.
"Para Benjamin Bradlee, o jornalismo foi mais que uma profissão. Era um bem público e vital para a democracia", disse o presidente Barack Obama, em homenagem ao jornalista. "Bradlee transformou o Washington Post em um dos melhores jornais do país e, com seu comando, jornalistas publicaram sobre os 'papéis do Pentágono', que revelou o escândalo do Watergate. Ele contou histórias que precisavam ser contadas", declarou Obama, em nota anunciada pela Casa Branca.
Obama concedeu a Bradlee a medalha da liberdade, no ano passado. "Bem era um amigo e um diretor genial", disseram Bob Woodward e Carl Bernstein, que lideraram as investigações e matérias sobre o caso Watergate, que levaram à renúncia de Richard Nixon.
O escândalo Watergate foi divulgado em 1972 e se refere ao caso de espionagem na sede do Partido Democrático, em Washington, durante as eleições que elegeram Nixon, que era do Partido Republicano.