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Condenado por abuso de poder, prefeito de Nápoles será afastado do cargo

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O Tribunal de Roma enviou nesta quarta-feira (1) à Prefeitura de Nápoles os atos da sentença a um ano e três meses de prisão contra o prefeito Luigi De Magistris por abuso de poder. Com isso, o chefe de governo municipal deverá ser afastado por ao menos 18 meses do seu cargo.    

De Magistris evitou dar declarações à imprensa sobre sua situação. O prefeito se limitou a fazer uma brincadeira sobre sua condenação, dizendo, em uma coletiva de imprensa ao lado do artista libanês Mazen Kerbaj, que indicaria o músico e desenhista ao cargo de vice-prefeito.    

"O artista conheceu muito bem a cidade de Nápoles. É um napolitano por adoção. Podemos torná-lo vice-prefeito", brincou, dirigindo-se a Mazen Kerbaj, que fará uma mostra no município.    

De Magistris foi condenado em primeira instância por abuso poder no processo que ficou conhecido como "Why Not". Dependendo do prosseguimento do caso, ele poderá ser suspenso por mais 12 meses, além dos 18 atuais.    

O prefeito foi condenado junto com o técnico de informática Gioacchino Genchi por acessar, sem permissão, os registros telefônicos de parlamentares. Além da pena em prisão, os dois deverão ficar afastados de cargos públicos por um ano. O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, foi o responsável por fazer o anúncio sobre a saída de De Magistris.   

Ele negou que seja necessária a convocação de novas eleições na cidade e garantiu que o vice-prefeito, Tommaso Sodano, assumirá o posto.