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Lei que restringe mídia estrangeira avança na Rússia

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Os parlamentares russos aprovaram, em primeira leitura, o projeto de lei que proíbe a criação de empresas de comunicação estrangeiras no país. A votação, que ocorreu nesta terça-feira (23), foi quase unânime e agora o projeto precisa passar em mais duas leituras para que entre em vigor.

Com 434 votos a favor e apenas uma abstenção, a medida prevê também um limite de 20% de proprietários estrangeiros no capital desse tipo de empresa na Rússia. Atualmente, a lei prevê que os empreendedores de fora do país tenham até 50% das ações dos meios de comunicação.

O projeto foi apresentado por três deputados e, se passar, entrará em vigor em janeiro de 2016. Segundo eles, a medida é tem a intenção de proteger a soberania nacional e também diminuir a influência externa sobre o país.

As empresas atingidas com a nova lei seriam a revista Kommersant, o The Moscow Times que como a National Geographic, Cosmopolitan e Grazia são publicadas pela empresa finlandesa Sanoma Independent Media, o jornal gratuito Metro (da Sanoma), a Forbes (controlada pela alemã Alex Springer AG), os sites Lenta.ru e Gazeta.ru (da russa RBC), a rádio Echo of Moscow (controlada pela russa Gazprom-Media e a norte-americana Em Holding Company) e o jornal de economia Vedomosti (controlado por três sociedades estrangeiras: a Sanoma, a sociedade britânica que publica o Financial Times e a norte-americana que publica o Wall Street Journal).