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Contra terrorismo, Vaticano amplia segurança do Papa

Embaixador iraquiano na Santa Sé alertou para ataques do EI

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Após alertas sobre supostos ataques terroristas contra o papa Francisco, o Vaticano reforçou os dispositivos de segurança no entorno da Praça São Pedro, informaram à ANSA fontes locais nesta sexta-feira (19). Nesta semana, apesar do Vaticano ter negado que o grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis) representasse uma ameaça ao Pontífice, o embaixador iraquiano na Santa Sé, Habeed al Sadr, afirmou que era necessário dobrar a segurança. "É preciso garantir a segurança do Papa em todos os lugares, porque acho que vão tentar atingi-lo durante suas viagens, ou até em Roma", disse o diplomata, em entrevista à imprensa italiana.

    O embaixador ressaltou que a estratégia do EI é a de conseguir atenção da mídia e que, por isso, divulga vídeos de decapitações. "Os nossos analistas de inteligência estudam várias hipóteses. Mas eu não excluo a possibilidade do EI atingir o Papa", afirmou.

    Por sua vez, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, tinha garantido que, até o momento, não havia motivos concretos para se temer ataques contra o Pontífice. "Não há riscos ou ameaças para mudar o programa de viagens do Papa ou para alterar o modo como Francisco se move", afirmou.

    No próximo dia 21 de setembro, o Papa fará uma viagem apostólica à Albânia, de população majoritariamente muçulmana, e usará um carro aberto em uma praça onde celebrará uma missa. Em novembro, ele também deve fazer uma visita à Turquia. Francisco tem se mostrado extremamente preocupado com as perseguições do EI contra cristãos do Iraque. Além dos apelos de paz, o Papa enviou um emissário especial para levar dinheiro e apoio emocional aos cristãos iraquianos. Desde o meio do ano, o grupo EI, ex-Estado Islâmico do Iraque e do Levante, tem tomado o controle de dezenas de cidades iraquianas e sírias com o objetivo de estabelecer um califado sunita na região.

    Os jihadistas do EI se opõem a todos os tipos de religião não sunita e costumam adotar métodos bárbaros contra civis e militares, como mutilações, decapitações e sequestros. (ANSA)