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UE deve escolher italiana para chefiar diplomacia

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Os líderes europeus estão prontos para nomear a ministra das Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini, como alta representante da União Europeia (UE) para Política Externa, segundo o jornal "Financial Times". A questão será discutida no próximo sábado (30), durante um encontro em Bruxelas do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado e governo dos 28 países-membro do bloco.    

De acordo com o periódico, Mogherini deve ser escolhida para suceder a britânica Catherine Ashton apesar de algumas nações do centro-leste do continente, como as bálticas e a Polônia, a acusarem de inexperiência e de ser leniente nas relações com a Rússia. A chanceler foi indicada oficialmente pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, no final de julho.    

O premier é membro do Socialistas & Democratas (S&D), dono da segunda maior bancada do Parlamento da UE, atrás apenas do centro-direitista Partido Popular Europeu (PPE). Como os conservadores escolheram o novo presidente da Comissão Europeia (o poder executivo do bloco), Jean-Claude Juncker, coube ao S&D indicar a sucessora de Ashton.    

Dentro da legenda socialista, o Partido Democrático (PD) da Itália, liderado por Renzi, representa a principal força, por isso a vontade do primeiro-ministro foi crucial para a opção por Mogherini. Ainda segundo o "Financial Times", a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está disposta a enfrentar a oposição da Polônia para evitar uma batalha com o premier italiano e seu colega francês, François Hollande.    

Como Berlim estaria mais preocupada com as tentativas de Roma de flexibilizar as normas de estabilidade da UE, a líder alemã prefere poupar energias para cuidar desse tema.