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Febre "desconhecida" mata 13 pessoas no Congo

Casos ocorreram na região onde o ebola foi descoberto em 1976

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O ministro da Saúde da República Democrática do Congo (DR), Felix Kabange Numbi, revelou nesta sexta-feira (22) a morte de 13 pessoas, em 10 dias, devido uma febre hemorrágica de "origem indeterminada". As mortes ocorreram na região onde, em 1976, foi descoberto o vírus ebola. No entanto, até o momento, não foi confirmado o vírus como responsável.

    Segundo Numbi, cerca de 80 pessoas que tiveram contato com as vítimas estão send monitoradas em suas casas, nas vilas de Boende Moke, lokolia, Watsikengo e Lokula, vizinhas a Equateur, cidade onde o ebola foi encontrado pela primeira vez.

    Nesta quinta-feira (21), a Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgou que 70 pessoas morreram no Congo DR, vítimas da febre hemorrágica ainda desconhecida. Segundo a OMS, 592 contraíram a doença no país da África central. Os sintomas: febre, vômito, diarréia e hemorragia são semelhantes ao do ebola. Na Nigéria, nesta sexta-feira (22), foram confirmados mais dois casos de ebola, subindo para 14 o número de casos no país. Desta, cinco pessoas morreram.

    Na Libéria, o coordenador da Organização das Nações Unidas (ONU), David Nabarro, afirmou que a entidade tem que estar preparada para enfrentar uma possível epidemia do ebola.

    Na Inglaterra, o governo lançou um apelo a cientistas e pesquisadores, visando novas idéias para o combate ao surto de ebola na África. Segundo o jornal The Independent, o governo inglês vai colocar a disposição 6,5 milhões de libras esterlinas (R$ 24,4 milhões) para bolsas de estudos aos especialistas que desenvolvam pesquisas sobre a difusão da doença, formas de tratamento e prevenção. As propostas de pesquisa serão validades pela organização Enhancing Learning and Research for Humanitarian Assistance (ELRHA) (organização para o melhoramento da aprendizagem em pesquisas de ajuda humanitária, em tradução livre do inglês).

    Nova vacina - Marcado para setembro os primeiros testes em humanos da nova vacina contra o ebola, criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH em inglês). O anúncio foi feito por Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid), em entrevista ao canal de televisão chinesa CCTV. 

A chamada "fase 1" de testes será feito em voluntários e os primeiros resultados devem ser vistos em novembro.

Mudanças na missa - Em Benin, no oeste africano, região que enfrenta surto de ebola, a Igreja Católica está mudando hábitos durante a missa, para evitar chances de contaminação e proliferação do vírus. Um documento aos arcebispos da região de Cotonou, pede que seja omitido o "cumprimento da Paz de Cristo", quando os fiéis se cumprimentam com as mãos durante a missa.

    Segundo a imprensa local, a medida foi tomada antes do início da peregrinação a Dassa, um dos mais tradicionais rituais religiosos do país, que atrai peregrinos do mundo todo. (ANSA)