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Ataque a outra escola da ONU deixa 23 mortos em Gaza

Refugiados se protegiam de bombardeios no local

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Ao menos 23 palestinos que haviam se refugiado em uma escola das Nações Unidas (ONU) foram mortos nesta quarta-feira (30) por um bombardeio israelense, no norte da Faixa de Gaza, informaram os serviços de resgate local.

    Segundo as fontes, tiros de tanques atingiam duas salas de aula da escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), no campo de refugiados de Jabaliya.

    A maioria das vítimas são mulheres e crianças, civis palestinos que tinham se refugiados no prédio da ONU depois de serem avisados por Israel que o bairro onde moravam seria bombardeado.

    Pelo menos "cinco tiros de canhão" atingiram a escola e um deles atingiu em cheio uma sala de aula com refugiados, afirmou um porta-voz da UNRWA, Adnan Abu Hasna, segundo o qual na escola estão "cerca de 20 mortos e várias dezenas de feridos, muitos em estado grave. O Exército israelense conhecia a localização da escola", afirmou.

    Um porta-voz militar israelense disse que o ataque será investigado, mas como os combates ainda estão em curso não foi possível ter informações detalhadas, e acrescentou que é possível que o fogo tenha começado da escola contra o Exército.

    Ontem a UNRWA informou que em uma das escolas foi descoberto um deposito de mísseis dos grupos armados palestinos. "Denunciamos o fato ao governo palestino de reconciliação nacional que tomará medidas cabíveis", informou Abu Husna. Por sua vez, o ex-presidente israelense Shimon Peres observou que o Estado judeu deve trabalhar para que Gaza seja recolada sob o controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP) do presidente Mahmoud Abbas.

    Peres destacou que a solução para a crise em Gaza deve ser diplomática.

Vaticano

A Secretária de Estado do Vaticano enviou aos embaixadores credenciados na Santa Sé uma "Nota verbal" para reafirmar os recentes apelos sobre o Oriente Médio realizados pelo papa Francisco nos últimos dias, informou a Rádio Vaticana.

    O secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti, destacou que a situação no Oriente Médio "se trata de uma situação trágica e muito triste à qual existe o risco de se habituar e de confirmá-la como inevitável, o que não seria justo".

    O Papa, "realizou vários apelos invocando o dom da paz e acolhendo o chamado que vêm de Deus para romper o espiral do ódio e da violência que afasta a paz", disse Mamberti. "Gostaria de reafirmar o convite do Papa para os que têm a responsabilidades políticas a nível local e internacional a não economizarem nenhum esforço para fazer cessar qualquer hostilidade e conseguir a paz desejada para o bem de todos", disse ele.

    "Como diz o próprio papa Francisco, é preciso ter mais coragem para fazer a paz que para fazer a guerra, além do que seriam colocados no centro de qualquer decisão não os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito de todas as pessoas", acrescentou o arcebispo.(ANSA)