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'El País': Conflitos internacionais expõem fragilidades na liderança dos EUA

Jornal espanhol avaliou o fraco desempenho de Obama no cenário de instabilidade global

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De acordo com El País, os conflitos de Gaza, Iraque, Síria, Ucrânia, além das tensões no sudeste asiático não só compõe um cenário de extraordinária instabilidade mundial como expõe os limites do poder de atuação dos Estados Unidos. O jornal pontuou em matéria deste domingo (27) que quando algum conflito de grandes proporções eclode em algum lugar do planeta, é comum as pessoas voltarem as atenções aos Estados Unidos em busca de uma resposta. Contudo, o jornal diz que atualmente Barack Obama parece um presidente incapaz de atender a todos os problemas.

O periódico espanhol lembra ainda uma matéria do jornal The New York Times que argumentou em matéria da semana passada que a amplitude da instabilidade global é algo que não se vê desde o fim da década de 1970. Em 1979, como o jornal pontua, com Jimmy Carter na Casa Branca, os Estados Unidos perderam um grande aliado no Oriente Médio – o xá da Pérsia – na revolução iraniana e a União Soviética invadiu o Afeganistão.

Obama teria dito em uma conferência de imprensa em junho, segundo o El País, que o mundo atual é complexo e que vivemos tempos desafiadores. Teria dito ainda que nenhum desses desafios seria algo de soluções rápidas, mas que todos exigiriam a liderança norte-americana. Obama teria pontuado que, com paciência e determinação, os tais desafios seriam superados.

O jornal diz que o pesquisador Brian Katulis, do Center for American Progress, teria elogiado a postura de Obama perante a crise, de acordo com o jornal de Madrid. Para o pesquisador, Obama tem sido muito cauteloso e vem tentando trabalhar com muitos parceiros e aliados, não querendo assumir o ônus sozinho – como o governo Bush tentou fazer, trazendo o que Katulis chama de “muitas consequências negativas para os Estados Unidos”.

Contudo, o El País diz que a filosofia de Obama que Katulis aplaude é, na opinião da maioria dos americanos de acordo com pesquisas, uma forma de se abster de intervir na Ucrânia, Síria ou Iraque. Ao mesmo tempo, as pesquisas teriam mostrado que os norte-americanos desejam que Obama exerça sua esperada liderança global.