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Confrontos em Gaza e Israel causam 641 mortes

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tentará negociar paz

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O número de mortes nos confrontos entre Israel e Gaza não para de aumentar. Segundo balanço divulgado pela agência de notícias al-Ray, próxima ao Hamas, já são 641 mortos e 4030 feridos nos ataques.

Para tentar a negociação de um acordo de paz, tentativa frustrada por diversas vezes, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chegou a Israel para trabalhar em um cessar-fogo. Segundo o norte-americano, houve "um passo adiante" para conseguir o cessar-fogo, "mas ainda há muito trabalho".

Hoje (23), ele tem em seu cronograma encontros com o primeiro-ministro do Iraque, Benyamin Netanyahu, e com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas. Além dos dois, Kerry se encontrará com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que está em Jerusalém também tentando um acordo de paz entre as duas regiões.

Para conturbar ainda mais a situação, o ministro do Exterior palestino, Ryad al Malki, acusou Israel de cometer crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza. "Eles violam a convenção de Genebra e destroem completamente zonas residenciais. Israel está cometendo crimes contra a humanidade", disse al Malki em um reunião extraordinária do Conselho de direitos humanos na Suíça.

Trégua humanitária

A Cruz Vermelha internacional havia emitido uma nota dizendo ter conseguido uma trégua humanitária de duas horas para a região de Sajaya. Nesse tempo, seriam recuperados corpos e ainda seriam procuradas vítimas nos escombros. Em Sajaya, dezenas de pessoas foram mortas nos confrontos entre sábado (19) e domingo (20).

Porém, na hora combinada para haver a trégua, não houve pausa nos ataques e um hospital foi atingido. Segundo Israel, o local abrigava militantes do Hamas que disparavam mísseis contra o país vizinho. A rádio militar israelense declarou que o hospital era utilizado como "sala de comando" do Hamas.<

Voos retomados

A companhia norte-americana US Airways anunciou que voltará a voar para Tel Aviv amanhã (24). A empresa - e várias outras companhias aéreas, incluindo a Alitalia - haviam suspendido seus voos para a cidade por considerar que havia falta de segurança.

O ministro dos Transportes israelenses, Yisrael Katz, anunciou hoje a abertura imediata do aereporto de Neguev, para servir de opção para as empresas que não quiserem pousar no Bem Gurion, em Tel Aviv.

Em uma entrevista coletiva, Katz ainda afirmou que o "aeroporto de Ben Gurion é seguro e a decisão das autoridades norte-americanas de suspender os voos ontem (22) era injustificável".

As empresas suspenderam os voos após um morteiro lançado pelo Hamas ter caído próximo ao aeroporto de Tel Aviv. (ANSA)