ASSINE
search button

Time:‘Obama e Europa escolheram não se posicionar contra Putin e vêem resultado’

Compartilhar

Um artigo na revista americana Time, publicado na última segunda-feira (21) diz que os governos ocidentais não se posicionaram contra as investidas de Vladmir Putin e comenta a queda do voo da Malasyan Airlines, derrubado por um míssil lançado a partir de uma área no leste da Ucrâna, controlada por separatistas russos.

>>Durão Barroso: queda de avião pode agravar relação União Europeia-Rússia

O artigo diz que é necessário responsabilizar os culpados e que isso não tem sido feito na cobertura midiática. “Então, quem é a culpa?”, questiona o articulista Garry Kasparov,presidente da Fundação de Direitos Humanos com sede em Nova Iorque. Ele diz que a questão não é simples, mas vai desde a pessoa que apertou o botão, passando pelos ministros e generais russos que apoiam o conflito separatista e pelo presidente Vladmir Putin, chegando até o ocidente que se omitiram. 

“Mas culpar Putin por invadir a Ucrânia - para anexar Crimeia, e por fornecer mísseis para os separatistas - é como culpar o escorpião de picar o sapo. Espera-se”, critica o Kasparov. Ele diz que a responsabilidade é também dos “ líderes do mundo livre” que não fizeram nada para reforçar a fronteira com a Ucrânia, mesmo depois de Rússia anexou a Crimea e fizeram as suas movimentações para desestabilizar a Ucrânia Oriental de forma muito clara.

O autor do texto se pergunta se os líderes ocidentais e grupos empresariais que têm trabalhado para bloquear sanções mais fortes contra a Rússia vão continuar com essa política, agora que centenas de ocidentais que nada tinham a ver com o conflito foram mortos. “Eles esperavam poder ignorar a Ucrânia em vez de defender a integridade territorial de um país europeu sob ataque. Eles estavam paralisados ??pelo medo e disputas internas. Eles resistiram a sanções fortes à Rússia, porque eles estavam preocupados com o impacto em suas próprias economias. Eles protegeram empregos, mas perderam vidas”, diz a publicação.

Ele termina o texto se questionando: “Teria acontecido essa tragédia se sansões duras fossem feitas contra a Rússia? E se a Otan tivesse deixado claro desde o início que iria defender a soberania da Ucrânia? Nunca saberemos”