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Jornal diz que retórica russa é o principal motivo do apoio à Ucrânia

NYT afirma queo Kremlin tem ideais anti-ocidentais

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Num artigo publicado nesta terça-feira (22) no jornal americano The New York Times, eles dizem que os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia não são pequenos e que grande parte da responsabilidade é a Rússia.  Os conflitos, diz a publicação, “em grande medida produto das tensões anti-ocidentais sentidas dentro do Kremlin de Vladmir Putin, está saindo do controle”.

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Com a derrubada do avião da Malasya Airlines dentro do território controlado por insurgentes pró-Rússia, os conflitos entre os dois territórios repercutiram de forma internacional . Cidadãos de diversas nacionalidades foram mortos numa guerra que o articulista diz que “os ocidentais pouco tiveram a ver”.

Segundo a reportagem, a Rússia sempre apoiou a ocupação da Ucrânia e apresenta de forma distorcida o governo ucraniano. “Nós não sabemos quem puxou o gatilho, mas sabemos que os rebeldes armados que operam o leste da Ucrânia sempre tiveram o apoio do Kremlin. Desde o final de fevereiro, quando o presidente pró-russo da Ucrânia, Viktor Yanukovych, fugiu a mídia oficial da Rússia foi curvando-se para apresentar o novo governo ucraniano como uma junta fascista manipulado pelo Ocidente, enquanto o Kremlin persegue seus objetivos duplos - mantendo a Otan e a influência econômica ocidental em cheque”.

Entenda o conflito

O território da Crimeia é o principal motivo da briga entre Rússia e Ucrânia. Em novembro de 2013 os problemas começaram de fato, quando multidões começaram a ir às ruas pressionar o líder ucraniano Yanukovych para fechar um acordo comercial com a União Europeia.

O presidente era alinhado com a Rússia, querendo fechar um acordo com este país. Depois de muitos protestos, repressão violenta, multidões nas ruas e leis arbitrárias, o presidente foi deposto e fugiu para Kiev, capital russa. O governo foi assumido por governo interino pró-União Europeia (UE). O Ocidente reconheceu a troca de governo, enquanto a Rússia considerou um golpe.

Com o intuito de proteger os cidadãos de etinia russa que vivem na Crimeia, a Rússia ocupou militarmente o lugar. A península da Crimeia faz parte da Ucrânia, mas tem origens e tradições russas fortes. Mais da metade dos dois milhões de pessoas que vivem lá, se considera com origem russa, falando inclusive a língua no dia-a-dia. A Crimeia foi transferida para a Ucrânia somente em 1954, pela então União Soviética. A Ucrânia, por sua vez, só foi considerada um país independente em 1991.