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Estado Islâmico toma monastério católico iraquiano

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Na tarde de domingo (20), os jihadistas do autoproclamado "Califado Islâmico" tomaram posse do antigo monastério de Mar Behnam, a 10 minutos da cidade iraquiana de Qaraqosh. Em entrevista à agência vaticana Fides, o arcebispo sírio-católico de Mosul, Yohanna Petros Moshe, contou que os milicianos obrigaram os três monges que cuidavam do local e algumas famílias que ali viviam a irem embora e deixarem as chaves do prédio.    

Não existem outras notícias sobre o que está acontecendo no templo, mas muitos temem a repetição dos atos de vandalismo e profanação que foram registrados em outros lugares de culto cristão que caíram nas mãos dos rebeldes. Além disso, a tomada do monastério deixou em alerta a população de Qaraqosh, que é de maioria cristã.    

"A comunidade internacional mostra uma inquietante passividade perante aquilo que está acontecendo naquela área. É preciso sair das declarações vagas e adotar medidas concretas. Já passou da hora de inserir esses grupos na lista das organizações terroristas condenadas pelos organismos internacionais e, sobretudo, divulgar os nomes dos países que os financiam", criticou o sacerdote sírio-católico Nizar Semaan, também à agência Fides.   

Recentemente, o Estado Islâmico, responsável pela criação de um califado em territórios da Síria e do Iraque, ordenou que todos os cristão de Mosul, localizada a 30 km de Qaraqosh, deixassem a cidade. Ao assumir o controle de municípios, o grupo jihadista impõe a lei islâmica (sharia), proíbe o consumo de álcool e tabaco e obriga as mulheres a usarem véus.