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Tragédia do MH17 choca familiares de vítimas em SP 

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A tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines, que matou 298 pessoas ao ser atingido por um míssil na Ucrânia, deixou em choque os parentes brasileiros de dois passageiros que estavam no avião.

“Que um acidente aconteça, tudo bem. Mas algo que foi causado por um atentado, gera um sentimento de raiva, de ódio”, desabafou Eduardo Van Amson, morador de Indaiatuba, interior de São Paulo, e primo de uma das passageiras do Boeing da Malaysia Airlines. Segundo as autoridades, o avião teria sido atingido por um míssil terra-ar.

Eduardo falou ao Terra por telefone. Sua prima, Deise Risah, estava no voo acompanhada do marido, René. Os dois pretendiam passar as férias em Bali, na Indonésia. 

Há apenas dois meses, ele esteve com os familiares. “Eu tinha falado com eles recentemente, quando estive na Holanda”, lamentou Eduardo, que soube da morte dos familiares na madrugada desta sexta-feira.

Eduardo, que também é piloto de avião, disse ao Terra que não vê problema no fato de o avião da Malaysian Airlines estar sobrevoando a região onde um conflito opõe o governo ucraniano e rebeldes separatistas.

“É um risco, assim como no Oriente Médio. Só que nunca tinham visado aeronaves civis. Não acho que foi negligência”, explicou o familiar.

Repatriamento dos corpos 

Segundo Eduardo, a principal preocupação da família neste momento é com a repatriação dos corpos das vítimas.

“Até o momento sabemos que aproximadamente 130 corpos foram recuperados, mas não sabemos se eles (seus familiares) estão entre essas pessoas. Isso depende muito do estado dos corpos e reconhecimento, alguns terão de ser feitos por DNA e outros visualmente”, contou o parente.

“Agora, os nossos esforços são mais para repatriar os corpos para a Holanda do que saber quem foram os responsáveis. Isso nós deixamos para o governo resolver”, afirmou Eduardo. 

O acidente 

O avião viajava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, com 298 pessoas (283 passageiros e 15 tripulantes) a bordo. O Boeing 777 deveria ter pousado em Kuala Lumpur às 6h10 da manhã de sexta-feira (19h10 da quinta-feira no horário de Brasília), mas caiu perto da fronteira entre Ucrânia e Rússia e todos a bordo morreram.