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Kremlin reconhece tropas na fronteira ucraniana

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O porta-voz do Kremlin - sede do governo da Rússia -, Dmitri Peskov, reconheceu em uma entrevista televisa que algumas unidades militares do país se encontram perto da divisa com a Ucrânia. "Nós temos tropas em várias regiões, inclusive na fronteira ucraniana. Algumas ficam baseadas ali, outras foram enviadas como reforço", afirmou. Peskov ainda acrescentou que os russos não são os únicos responsáveis pelo respeito ao acordo assinado com União Europeia, Ucrânia e Estados Unidos na última quinta-feira (18) em Genebra.   

"É preciso destacar que a responsabilidade é coletiva", salientou. Após a conclusão da longa negociação na cidade suíça, a Casa Branca declarou que o presidente Barack Obama e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram em aplicar novas sanções contra Moscou se a violência no leste ucraniano não diminuir, o que acabou irritando a Rússia. "É uma ameaça inaceitável", ressaltou o porta-voz do Kremlin.   

O acordo de Genebra prevê uma anistia a todos os manifestantes pró-russos que participaram de agitações na parte oriental da Ucrânia (exceto aos condenados por homicídio), desde que eles entreguem suas armas e deixem pacificamente os edifícios públicos tomados; a desocupação de prédios administrativos e o desarmamento de "grupos ilegais".   

No entanto, os separatistas que proclamaram a "República de Donetsk", no leste da Ucrânia, já disseram que não se sentem obrigados a respeitar o pacto, uma vez que não foi assinado por eles. Os manifestantes dessa região e de Lugansk continuam a exigir um referendo para aumentar sua autonomia.