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Coreia do Sul: Equipe de resgate confia em bolsões de ar

Mensagens de texto também dão sinais de que há sobreviventes na embarcação

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As condições climáticas para o resgate dos passageiros que foram vítimas do naufrágio na Coreia do Sul não são nada favoráveis. Além de ventos fortes, nevoeiros e um movimento constante do mar, a balsa que virou na última terça-feira (15) está localizada em uma região de muito frio, com águas cerca de 10ºC. 

Com isso, uma das únicas esperanças da equipe de resgate é a de que as vítimas que ainda não foram localizadas estejam sob o casco do ferry, nos poucos bolsões isolados de ar, que existem graças à inclinação da balsa. Segundo os socorristas e mergulhadores, apenas uma pequena parte do casco ficou fora da água, mas ainda há esperança.

Com as mensagens de texto que os parentes conseguiram trocar com os passageiros da embarcação, a equipe de resgate acredita seja possível encontrar sobreviventes. 

Em uma mensagem de texto, um dos passageiros passa um panorama da situação aos investigadores. "Há poucas pessoas a bordo do navio. Não pude ver muita coisa, é totalmente escuro. Há poucos homens e mulheres, as mulheres estão gritando", diz a mensagem. 

O problema é que a cada dia que passa, a esperança pelos sobreviventes diminui. Afinal, os bolsões de ar não poderão servir de abrigo para as vítimas do naufrágio por muito tempo.

O Ministério da Segurança e da Administração Pública da Coreia do sul confirmou, na tarde desta quinta-feira, que o número de vítimas fatais no naufrágio da última terça-feira subiu para vinte. 276 pessoas ainda estão desaparecidas. 

A balsa, com 475 passageiros e tripulantes, virou, após uma possível colisão com um recife submarino, no trajeto entre o porto de Incheon e a ilha turística de Jeju. Segundo o governo, 179 pessoas foram resgatadas com vida, até a tarde desta quinta-feira.