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Índia reforça segurança depois da morte de vítima de estupro coletivo

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Depois do anúncio da morte da jovem de 23 anos estuprada por um grupo de homens em um ônibus, a polícia da Índia isolou hoje (29) parte da capital do país, Nova Délhi, e fechou estações ferroviárias. A polícia da Índia e o comissário de Nova Délhi, Neeraj Kumar, pediram que a população mantenha a calma. A jovem, que não foi identificada, morreu ontem (28) pela manhã no Hospital Mount Elizabeth, em Cingapura, para onde foi levada para um tratamento especializado.

A estudante foi violentamente estuprada dentro de um ônibus na capital, enquanto estava acompanhada por um amigo. Os agressores usaram uma barra de ferro para atacá-la. As autoridades da Índia anunciaram que publicarão nomes, fotografias e endereços de estupradores na internet.

A estudante passou por três cirurgias, na Índia, antes de ser transferida para Cingapura. De acordo com os médicos, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos causada por severos ferimentos ao corpo e ao cérebro. A estudante teve parada cardíaca, infecção no pulmão e no abdômen, além de dano cerebral.

O ataque ocorreu no dia 16 e desencadeou uma série de protestos em várias cidades indianas. Seis homens foram presos sob suspeita de terem cometido o estupro e dois policiais foram suspensos. Na tentativa de conter os manifestantes, policiais armados e tropas de choque foram convocados, entre elas muitas mulheres policiais.

Na na capital da Índia, só este ano foram registrados 630 casos de estupro. Nova Délhi é conhecida no país como “capital do estupro”. O governo anunciou que estuda novas medidas punitivas e de prevenção contra crimes sexuais, como o aumento no número de patrulhas noturnas, a fiscalização de motoristas de ônibus e a proibição de vidros escuros e cortinas em veículos de transporte público.

O governo indiano criou duas comissões para acelerar o julgamento de casos de estupro e examinar os erros cometidos no incidente específico de Nova Délhi. O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse estar “profundamente triste” com a morte da estudante.