ASSINE
search button

Israel confirma acordo sobre cessar-fogo na Faixa de Gaza

Compartilhar

O ministro israelense da Defesa Civil, Matan Vilnai, confirmou nesta terça-feira que existe um acordo sobre um cessar-fogo para deter a violência na Faixa de Gaza iniciada na sexta-feira.

"De fato há um acordo, e acompanhamos o que acontece no local", afirmou Vilnai à rádio estatal, sem revelar mais detalhes, antes de ressaltar que "aparentemente a tendência é de calma".

A Jihad Islâmica, um movimento radical palestino responsável pela maioria dos ataques com foguetes contra Israel, anunciou que está disposta a respeitar o cessar-fogo se Israel encerrar as "agressões". "Aceitamos um cessar-fogo se Israel aceitar a aplicação com o fim de seus ataques e assassinatos", afirmou o porta-voz do grupo, Daud Shehab.

Horas antes, uma fonte da inteligência egípcia havia anunciado um cessar-fogo "completo e recíproco" entre Israel e palestinos após quatro dias de violência.

"Um acordo completo e recíproco para acabar com as hostilidades atuais entre as duas partes, incluindo a suspensão dos assassinatos, entrou em vigor na madrugada desta terça-feira", revelou a fonte, envolvido na mediação egípcia para acabar com a violência na Faixa de Gaza.

O funcionário, que pediu para não ser identificado, destacou que o Egito ficará encarregado de monitorar o cessar-fogo. O funcionário egípcio revelou que o acordo é resultado de uma série de "intensos contatos" do Cairo com ambas as partes para "deter as operações militares contra a Faixa de Gaza e acabar com o derramamento de sangue na palestina".

No total, 25 palestinos - a maioria membros das Brigadas Al Qods, braço armado do movimento radical Jihad Islâmica - foram mortos por Israel desde o início dos ataques, na sexta-feira passada, que deixaram ainda 83 feridos. Os grupos armados de Gaza dispararam cerca de 200 foguetes contra Israel, ferindo ao menos cinco pessoas.