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Israel reage a atentados com bombardeio aéreo contra Faixa de Gaza

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A aviação israelense castigou nas últimas horas a Faixa de Gaza, matando sete palestinos e três policiais egípcios, em resposta ao triplo atentado que deixou oito israelenses mortos na quinta-feira.

Na primeira ação, ainda na quinta-feira, aparelhos israelenses bombardearam a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, matando seis palestinos, incluindo quatro dirigentes dos Comitês da Resistência Popular, entre eles o chefe desta organização radical em Gaza, Kamal al Nayrab.

Na madrugada desta sexta-feira, outros sete ataques contra a Faixa de Gaza deixaram um adolescente morto e 17 feridos, informou uma fonte médica palestina.

Os bombardeios atingiram uma casa na cidade de Gaza, prédios dos serviços de segurança na mesma zona, duas bases de treinamento das Brigadas Ezedin Al Qasam no norte da Faixa de Gaza, a região de Khan Yunis e um túnel entre Rafah e o Egito.

Um helicóptero israelense também matou três policiais egípcios na noite de quinta-feira ao disparar contra militantes palestinos que fugiam pela fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza.

Um oficial e dois praças foram mortos quando o aparelho israelense disparou um míssil contra militantes palestinos que eram perseguidos após os atentados em Eilat, revelou um oficial do Egito.

O ataque, próximo à passagem de fronteira na zona da cidade de Rafah, feriu ainda dois policiais egípcios, segundo a agência oficial Mena.

Já a TV estatal egípcia informou que o ataque ocorreu ao sul de Rafah, na zona da localidade de Taba, a 12 km da cidade de Eilat.

"Um aparelho israelense que perseguia infiltrados do outro lado da fronteira disparou quando chegaram a Rafah. Havia vários membros da Segurança Central (egípcia) no local e foram atingidos pela explosão", revela a agência Mena.

O "aparelho" israelense foi identificado como um helicóptero Apache que perseguia os combatentes que atacaram dois ônibus, um automóvel civil e um veículo militar em Israel.

Os ataques ocorrem após o triplo atentado contra o balneário de Eilat, no sul de Israel, no qual morreram oito israelenses e sete terroristas. A ação deixou ainda 25 feridos.

Israel afirmou que os atentados, cuidadosamente coordenados, foram lançados a partir da Faixa de Gaza por combatentes palestinos que teriam se infiltrado pela península egípcia do Sinai, aproveitando os distúrbios no Egito.

O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, havia advertido que "a fonte dos atos terroristas" era a Faixa de Gaza e que "atuaria com toda energia e determinação".

Mas o movimento palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, negou qualquer envolvimento nos ataques: "o governo (do Hamas) desmente as acusações do (ministro da Defesa israelense, Ehud) Barak sobre os incidentes de Eilat e afirma que não existe vínculo com o grupo de Gaza".

O primeiro ataque foi contra um ônibus da companhia pública Egged ao meio-dia local (06H00 de Brasília), perto da fronteira com o Egito, a pouca distância do posto israelense de Netafim. O veículo circulava entre Beersheva e Eilat levando muitos militares que viajavam para este balneário para passar o fim de semana.

Meia hora depois, um veículo militar enviado ao local foi alvo de um ataque com bomba teleguiada.

O incidente mais sangrento, no qual cinco israelenses morreram, ocorreu às 13H00 local, quando um veículo particular foi destroçado por um foguete RPG antitanque perto de Beer Ora, 15 km ao norte de Eilat, desta vez perto da fronteira jordaniana.