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Caso DSK: advogado diz que camareira não quer dinheiro

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A mulher que acusou o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de estupro não busca dinheiro com sua denúncia, afirmou nesta quarta-feira seu advogado depois que sua cliente passou oito horas com os procuradores para esclarecer uma conversa que ela teve por telefone com um preso.

Nafissatou Diallo "nunca disse as palavras" atribuídas a ela por um jornal americano, segundo as quais Strauss-Kahn "tem muito dinheiro", afirmou o advogado Kenneth Thompson em referência a uma conversa por telefone entre sua cliente e um amigo preso, feita após o episódio de 14 de maio em um hotel em Nova York.

A suposta vítima do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) tem direito a apresentar uma ação civil, completou por outro lado Thompson à imprensa na porta do tribunal localizado no sul de Manhattan.

Diallo apresentou-se nesta quarta-feira no gabinete do procurador de Nova York, após sua surpreendente aparição pública na imprensa americana.

A reunião ocorreu em meio a crescentes dúvidas sobre se o procurador Cyrus Vance seguirá adiante com o caso contra Strauss-Kahn, quase um mês depois da descoberta de contradições e mentiras no depoimento da camareira.

Depois de permanecer em silêncio e no anonimato desde meados de maio, a mulher guineana de 32 anos apareceu em público no domingo e concedeu entrevistas, inclusive na televisão, nas quais relatou com detalhes os abusos sexuais dos quais afirma ter sido vítima.

Depois de sua surpreendente aparição pública, a promotoria anunciou na terça-feira um novo adiamento da próxima audiência do caso contra Strauss-Kahn, de 1 para 23 de agosto, após um acordo com os advogados de defesa.

Strauss-Kahn, que goza de liberdade sob palavra, enfrenta sete acusações, entre elas a de tentativa de estupro.