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ONU promete não retirar antecipadamente forças de paz do Haiti

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REUTERS

PORTO PRÍNCIPE - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, prometeu na quarta-feira que não haverá uma retirada rápida da força de manutenção de paz no Haiti, que ajudou a estabilizar o país pela primeira vez em muitos anos.

Em declarações dadas durante sua primeira visita ao Haiti desde que assumiu o cargo, Ban disse que recomendará uma ampliação de 12 meses da missão de paz de quase 9.000 homens, liderada pelo Brasil. Em outubro o Conselho de Segurança da ONU discutirá a renovação do mandato da missão.

A força de manutenção da paz foi enviada ao Haiti em 2004, depois de uma revolta que derrubou o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide. Só recentemente conseguiu levar uma relativa calma ao país assolado por violentas gangues, assassinatos e uma série de sequestros.

- A ONU, que esteve neste país em cinco oportunidades no passado, não sairá até que o futuro esteja garantido - disse Ban em entrevista coletiva ao lado do presidente René Preval, ex-colaborador de Aristide que lidera o novo governo eleito.

- A missão da ONU está aqui para criar as condições necessárias para que as autoridades haitianas e os doadores internacionais implementem uma estratégia nacional para as zonas urbanas mais pobres - explicou Ban.

O secretário-geral da ONU exortou Preval a continuar com os esforços contra a corrupção, que descreveu como um obstáculo ao progresso.

- Este é um tema muito sério - disse Ban.

- A corrupção debilita as instituições e os indivíduos.