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HRW denuncia que violações de direitos humanos na China continuam

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Agência EFE

CHINA - A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou em novo relatório que a China não avança na área de direitos humanos, a 12 meses da realização dos Jogos Olímpicos em Pequim.

- Em lugar de uma 'primavera de Pequim' pré-olímpica, com maior liberdade e tolerância da dissidência, o que estamos vendo é um amordaçamento dos dissidentes, medidas enérgicas contra os ativistas e tentativas de bloquear a independência da cobertura da imprensa - comentou hoje o diretor da HRW para a Ásia, Brad Adams.

As medidas repressivas, segundo a HRW, se reforçam porque "o Governo teme os próprios cidadãos chineses, que poderiam falar dos problemas políticos e sociais do país".

A organização de direitos humanos ressalta que, à medida que se aproximam os Jogos, "aumentam os problemas", como a obstrução de organizações que previnem e educam sobre a aids, as prisões domiciliares de ativistas para silenciar a oposição política e a repressão de minorias étnicas.

A HRW ressalta o fechamento de escolas para os filhos de trabalhadores imigrantes, com o objetivo de construir instalações olímpicas e sem uma compensação econômica adequada.

Milhares de trabalhadores empregados na construção dos lugares olímpicos são explorados, denuncia a organização.

- A repressão política não está de acordo com a conduta de uma potência responsável nem com um anfitrião das Olimpíadas - ressaltou Adams.