ASSINE
search button

Ex-líder chinês é acusado de corrupção e obrigar amante a abortar

Compartilhar

Agência EFE

XANGAI - Chen Liangyu, que foi a maior autoridade comunista de Xangai até 2006, quando se viu envolvido no maior escândalo de corrupção na China, está detido à espera de ser julgado, informou nesta quinta-feira a agência 'Xinhua'.

O jornal 'Wen Wei Po', de Hong Kong, informa além disso que Chen é acusado de corrupção e de forçar uma de suas várias amantes a praticar três abortos.

Chen foi expulso do Partido Comunista Chinês (PCCh) na semana passada, o que permite que ele seja processado. Nesta quinta-feira, o jornal, controlado pelo Governo, foi o primeiro a antecipar detalhes sobre as acusações.

Segundo uma fonte não identificada relacionada com o caso, o ex-secretário-geral do PCCh de Xangai chegou a malversar 4,5 bilhões de iuanes (US$ 594 milhões) no escândalo dos fundos de previdência da cidade e em outros casos, diz o jornal.

Além disso, promotores dizem que ele manteve uma longa relação com pelo menos duas amantes, desde 1991. Uma delas, supostamente, foi forçada a abortar três vezes.

Além disso, Chen é acusado de manter durante anos 'relações sexuais impróprias' e encontros com muitas outras mulheres. Os boatos falam de até 11 amantes. A China proíbe este tipo de relação para os altos cargos políticos.

O escândalo de Xangai envolve 12 altos funcionários e empresários, acusados de malversação da terça parte do maior fundo de previdência da cidade. No total, foram mais de 3,2 bilhões de iuanes (US$ 408 milhões) desviados para projetos imobiliários e de infra-estruturas.

O porta-voz da Comissão Central de Disciplina do PCCh, Gan Yisheng, disse nesta quinta-feira que o caso de Chen já está nas mãos dos tribunais.