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China diz que é 'prudente' ao aplicar pena de morte

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Agência EFE

PEQUIM - Um porta-voz do Partido na (PCCh) afirmou hoje que a política de aplicação da pena de morte por corrupção no país é 'prudente', após executar um ex-alto cargo com categoria ministerial por este crime.

- Somos muito prudentes no uso da pena capital para executar os condenados por crimes econômicos, e o número de penas de morte relacionadas com estes crimes é muito pequeno - disse nesta quinta-feira Gan Yisheng, porta-voz da Comissão de Inspeção Disciplinar do PCCh, citado pela agência oficial 'Xinhua'.

Gan referiu-se desta forma à execução do ex-diretor da Administração Estadual de Alimentos e Remédios, Zheng Xiaoyu, em 10 de julho, após ter sido considerado culpado de crimes de corrupção.

- A razão da execução de Zheng Xiaoyu foi que os subornos que aceitou tinham valores muito elevados e que cometeu crimes graves - disse.

Muitos países ocidentais se recusam a extraditar foragidos da Justiça chinesa acusados de corrupção devido à possibilidade de estes serem condenados à morte, já que a China é o país onde ocorrem mais execuções ao ano, em torno de 10 mil, de acordo com dados divulgados pelos legisladores chineses.

O número supera todas as execuções realizadas no resto do mundo.

Zheng, de 63 anos, foi condenado à morte em 29 de maio por aceitar subornos no valor de US$ 850 mil e por negligência no cumprimento do cargo.

Segundo Gan, o castigo exemplar dado a Zheng, em um contexto no qual muitos países reduziram suas importações de remédios e alimentos chineses devido ao fato de alguns destes terem causado mortes por envenenamento, recebeu o apoio da população chinesa e foi elogiado pela comunidade internacional.

A China recebeu críticas internacionais pelo uso em massa das execuções como punição.

- Não há nada a criticar. A China mantém a pena de morte devido a suas condições nacionais e culturais - disse Gan.

Desde 1º de janeiro, o Tribunal Popular Supremo restaurou, a pedido do Governo comunista, sua capacidade de revisar as penas de morte dadas pelos tribunais locais, que são as mais registradas.