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Sunitas deixam governo do Iraque; ataques matam 73

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REUTERS

BAGDÁ - O principal bloco político árabe sunita do Iraque deixou o governo na quarta-feira, num golpe para o primeiro-ministro Nuri al-Maliki.

No mesmo dia, um caminhão de combustível guiado por um militante suicida explodiu, matando 50 pessoas em Bagdá -- um dos vários ataques na capital.

A Frente do Acordo Sunita anunciou sua retirada da coalizão liderada pelo xiita Maliki devido ao fracasso dele em atender a uma lista de exigências, inclusive a de dar maior influência aos sunitas nas questões de segurança.

Os 44 parlamentares do bloco vão permanecer no Parlamento. Uma vez que Maliki precisa apenas de maioria simples para governar, a retirada terá pouco efeito prático sobre a administração, montada há 15 meses e atualmente praticamente paralisada devido às disputas internas.

Mas a precária coalizão está sob pressão dos EUA e de seus aliados para conter a disputa sectária entre xiitas e sunitas. Washington está descontente com o ritmo da tramitação de leis destinadas a integrar os sunitas, privilegiados no extinto regime de Saddam Hussein, ao processo político.

A detonação do caminhão de combustível, que estava cheio de explosivos, aconteceu no bairro de Mansour, zona oeste de Bagdá. Além dos 50 mortos, há cerca de 60 feridos. A polícia disse que o militante atraiu motoristas para o caminhão, com a promessa de vender combustível -- uma versão anterior dava conta de que ele investira contra uma fila de carros.

Separadamente, 20 pessoas morreram e 40 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba, também guiado por um suicida, perto de uma popular sorveteria numa movimentada área com lojas de artigos eletrônicos no bairro de Karrada, predominantemente xiita.

No bairro de Doura (zona sul), um carro-bomba estacionado matou três pessoas e feriu cinco.