Agência EFE
PEQUIM - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, deixou hoje a China após quatro dias de visita sem conseguir do Governo chinês um novo compromisso para valorizar sua moeda, o iuane.
Paulson se reuniu hoje com o presidente Hu Jintao, a quem apresentou a posição de Washington de que o iuane seja valorizado para conter a avalanche de exportações baratas de produtos chineses para os EUA e reequilibrar a balança comercial.
O déficit comercial de Washington com Pequim chegou a US$ 233 bilhões no ano passado.
Em sua quarta visita à China desde que assumiu o cargo há um ano, o secretário procurou debater a reforma do sistema cambial do iuane, a segurança alimentar dos produtos chineses, a abertura do setor financeiro chinês às empresas americanas e o meio ambiente, segundo disse hoje aos jornalistas.
Sua viagem começou na última segunda na província ocidental de Qinghai,
uma das mais pobres do país.
A vice-primeira-ministra Wu Yi
aproveitou a visita de Paulson a Qinghai para afirmar que a China não representa nenhuma ameaça comercial, já que conta com áreas muito subdesenvolvidas e milhões de pobres.
Em uma entrevista à agência 'Xinhua' publicada hoje, Paulson defendeu o diálogo com os líderes chineses e afirmou que contam com "um programa de trabalho ambicioso'.
Os congressistas americanos acusam o secretário de manter uma política branda demais com a China.
Na semana passada, o Comitê de Finanças do Senado dos EUA aprovou uma norma que permitirá impor tarifas aos produtos chineses por considerá-los concorrência desleal, já que Washington acusa Pequim de manter o iuane artificialmente barato para promover suas exportações.
Paulson se reuniu também com Ma Kai, diretor do principal órgão de planejamento econômico do país, e com Shang Fulin, presidente da Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China.