Agência EFE
MADRI - O ministro da Defesa da Espanha, José Antonio Alonso, confirmou a morte de cinco soldados das forças espanholas mobilizadas no sul do Líbano em um ataque 'premeditado', aparentemente cometido com um carro-bomba.
Alonso explicou em entrevista coletiva que foi um 'ataque premeditado', no qual outros três soldados ficaram feridos.
O ministro espanhol descartou a hipótese de ter sido mina, como se falou a princípio.
A explosão foi muito forte e pôde ser ouvida a vários quilômetros de onde aconteceu, em Sael al-Derdara, perto da cidade de Khiam, a maior em que as forças espanholas estão destacadas.
Os militares espanhóis viajavam em dois carros em uma patrulha da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) quando a forte explosão atingiu um dos veículos.
- A causa mais provável, pendente de ser confirmada por uma análise mais detalhada, foi a explosão de um carro-bomba ou outra bomba acionada a distância durante a passagem do veículo espanhol - disse o ministro.
Segundo Alonso, 'as patrulhas circulam por esta estrada diariamente, por isso se trata sem dúvida de um ataque premeditado e, por ser um terreno asfaltado, se descarta a hipótese de uma mina'.
Alonso disse que, na região onde o ataque foi cometido, perto da cidade de Khiam, não houve confrontos ou tensões com a população, que, segundo o ministro, prestou socorro aos feridos.
- Os feridos e os mortos foram levados, em momentos confusos, por civis a diferentes hospitais da região - disse Alonso, que ressaltou que se tratou de 'um ataque à missão das Nações Unidas' no Líbano.
Alonso disse que nas próximas horas um avião partirá da base militar de Torrejón (arredores de Madri) com destino ao Líbano para repatriar os mortos e feridos.
O ministro acrescentou que ele viajará ao Líbano com alguns de seus colaboradores, entre eles comandantes militares.
Alonso quis 'transferir os mais dolorosos pêsames do Governo diante de um atentado que nos afunda na dor mais profundo'.